Com o lema “governar é povoar”, o mineiro Afonso Pena viajou pelo Brasil antes de exercer a função de presidente para conhecer a realidade de
cada região e se tornou um ícone na política brasileira..
Nascido em 30 de novembro de 1847 na cidade de Santa Bárbara do Mato Dentro, Afonso Augusto Moreira Pena, foi um grande político brasileiro, presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1906 e 14 de junho de 1909, data de seu falecimento.
Antes da carreira política foi advogado e jurista.
Afonso Pena diplomou-se em Direito no ano de 1870 e, em 1892, foi um dos fundadores e diretor da Faculdade de Direito de Minas Gerais, atual faculdade de Direito da UFMG. Exerceu o mandato de deputado pelo estado de Minas Gerais, em 1874.
Nos anos seguintes, enquanto se mantinha como deputado, também ocupou alguns ministérios como o da Guerra, Agricultura, Comércio e da Justiça. Em seguida presidiu a Assembléia Constituinte de Minas Gerais, nos primeiros anos da república.
Governador de Minas Gerais entre os anos de 1892 e 1894, foi durante seu governo em que ocorreu a mudança da capital do estado, de Ouro Preto para a então Curral d’el Rei, atual Belo Horizonte. Afonso Pena também foi presidente do Banco do Brasil
e senador por Minas Gerais. Tornou-se vice-presidente quando da eleição de Rodrigues Alves, em 1902 e na eleição seguinte, foi elevado à presidência, sendo candidato único.
Apesar de ter sido eleito com base na chamada política do café-com-leite, Afonso Pena realizou uma administração que não se prendeu de tudo a interesses regionais. Incentivou a criação de ferrovias e da ampliação e modernização dos portos;
resistiu à pressão estabelecida pelo Convênio de Taubaté e comprou sacas de café que resultaram na valorização do preço do café que ajudou o país a saldar os compromissos externos e fez com que os fazendeiros enriquecerem ainda mais.
Fez a primeira compra estatal de estoques de café, transferindo assim,
os encargos da valorização do café para o Governo Federal, que antes era praticada regionalmente, apenas por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que haviam
assinado o Convênio de Taubaté.
Afonso Pena morreu no Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1909, aos 61 anos, sem concluir seu mandato presidencial.