Situado no início da Rua Barão de Suaçuí, região central da cidade, defronte à Avenida Prefeito Telésforo Cândido de Rezende, às margens do antigo Caminho Velho. O solar marca a influência da arquitetura da época, princípio do século XVIII. Comuma extensão na parte lateral, na qual ficava a senzala, onde viviam 63 escravos.
O solar do Barão de Suassuí foi construído no século XVIII e reformado em 1787. Era residência do suposto inconfidente padre Fajardo e de seu irmão, o Cônego Francisco Santa Apolônia, cantor da Sé de Mariana, ex-deputado provincial e ex-governador da então província de Minas Gerais. No casarão foram realizadas reuniões secretas dos inconfidentes da Vila de Queluz com Tiradentes.
Em princípios do século XIX o casarão passou a ser propriedade do capitão-mor da Vila de Queluz, José Ignácio Gomes Barbosa, e, por herança ficou como propriedade de seu filho, de mesmo nome, agraciado com o título de “Barão de Suassuí”. Durante anos o Barão residiu ali em companhia da baronesa e seus filhos.
A construção da residência era uma das mais luxuosas da época. Obedecia ao estilo colonial, com seu telhado corrido, sacadas em arcos, além de um largo portão de ferro ao lado da residência, que dava para o pátio calçado com pedras no qual se localizavam as senzalas dos escravos. Uma grandiosa escada de granito dava acesso ao andar superior, que ainda possuía uma capela particular da nobre família do Barão. O teto decorado em madeira trabalhada completava o requinte das salas e de outros cômodos do casarão; também famoso pelas festas e animados bailes carnavalescos à fantasia o qual participava toda a classe social de Conselheiro Lafaiete.
Com a morte do Barão e o passar dos anos a construção do século XVIII sofreu diversas modificações, sem jamais perder sua fama e imponência.
No solar do Barão de Suassuí funcionaram o Colégio “Monsenhor Horta”, no final da década de 30, até meados de 40, junto com a antiga Faculdade de Comércio. Abrigou o Fórum da cidade até o ano de 1956, além da Escola Estadual Inconfidência. Nos anos 90, o casarão serviu como bar dançante no andar superior, chamado Casarão, e na parte baixa (antiga senzala) deu lugar ao famoso Castelinho; local onde os jovens lafaietenses montaram um Cine Clube e o jornal “O Castelinho” abordando notícias e mensagens culturais.
Em novembro de 2005 foi decretado o tombamento municipal do solar do Barão de Suassuí, por seu valor histórico e arquitetônico à cidade.
ATUALIZADO EM 01/11/2016 PELO EDITOR
O Imóvel foi restaurado através de um Termo de Ajustamento de Conduta do Ministério Público sobre a MRS Logística, doado ao município. Hoje é um Centro Cultural, contando com biblioteca, auditório com capacidade para 120 pessoas e duas salas de exposição, destinadas à mostra de trabalhos de artistas da cidade.
O prédio também possui um jardim e um auditório ao ar livre, além de abrigar o Memorial das Violas de Queluz, com exposição permanente sobre o instrumento que era produzido no município pelas famílias Meirelles e Salgado entre o final do século XIX e o início do século XX.
O prédio foi restaurado por meio de projeto financiado pela MRS Logística, com acompanhamento do MPMG, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) e Prefeitura de Conselheiro Lafaiete, tendo sido reaberto ao público no dia 17/07/2015.
COMO CHEGAR
Por Pollyana Rocha
Fotos antes da restauração Acervo do Museu e Arquivo Antônio Perdigão
Fotos após a reforma gentilmente cedidas por Mauro Dutra de Faria